10 de maio de 2013

Mais milho para plantar


Pecuaristas terão mais milho à disposição

Brasília - A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), foi autorizada a adquirir até 550 mil toneladas de milho este ano. A medida, publicada ontem, no Diário Oficial da União (DOU), visa recompor estoques públicos para venda direta do produto a pequenos criadores de aves, suínos, bovinos, caprinos e ovinos de municípios da área de atuação da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), que inclui também o norte do Espírito Santo e Minas Gerais.

Na prática, a medida amplia em 250 mil toneladas o volume já autorizado em janeiro deste ano com a mesma finalidade. O volume de aquisições mensais será definido pelos representantes da câmara técnica do Conselho Interministerial de Estoques Públicos de Alimentos (Ciep).

O Governo Federal também havia alterado em 2013 os limites de aquisição do cereal por meio de venda em Balcão na área de atuação da Sudene. O objetivo é atender a um número maior de produtores e definiu dois limites mensais de compra por beneficiário: até três toneladas (ao preço de R$ 18,12 a saca de 60 kg) e, acima desse peso, até seis toneladas (R$ 21 a saca de 60 kg). Nesse último caso, o total era definido em até sete toneladas na normativa anterior, publicada em junho do ano passado.

Outra mudança refere-se à exclusão da possibilidade de compras acima de sete toneladas até o limite de 14 toneladas ao valor de R$ 24,60 por saca de 60 kg. Apesar da alteração nas faixas de compra, todos os beneficiários que já estavam cadastrados na Conab continuarão a ser atendidos – mesmo os que estavam na faixa que foi excluída, mas dentro dos novos patamares.

JORNADA ESTADUAL DE LUTA DA AGRICULTURA FAMILIAR E REFORMA AGRÁRIA


Agricultores pedem ações emergenciais e preventivas

Os 1.500 manifestantes da 9ª Jornada Estadual de Luta da Agricultura Familiar e Reforma Agrária entregaram uma pauta de reivindicações com 13 itens no gabinete do secretário estadual da Agricultura, da Pecuária e da Pesca (Sape) para ser entregue à governadora Rosalba Ciarlini. Ontem, no momento da mobilização dos agricultores, a governadora se encontrava no interior do Estado.
Emanuel AmaralOs agricultores ficaram parte da manhã dessa quinta-feira acampados no Centro AdministrativoOs agricultores ficaram parte da manhã dessa quinta-feira acampados no Centro Administrativo

Os agricultores familiares de 50 municípios concentraram-se em frente à Sape, enquanto outros adentraram no interior do prédio, no Centro Administrativo, enquanto a guarda patrimonial barrou a entrada dos que restavam para evitar tumulto. Eles pedem a execução de um plano de ações emergenciais e preventivas, que garantam segurança ao agricultor familiar, no convívio com a seca. O coordenador da Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar, João Cabral, disse que existe uma preocupação com os avanços para o setor, que responde por 60% dos alimentos produzidos no Brasil. Em 2014 será comemorado o “Ano Internacional da Agricultura Familiar”.

Entre as reivindicações dos agricultores familiares estão a perfuração de 550 e restauração de 250 poços tubulares nos 50 municípios da base sindical da Fetraf, situados, sobretudo, nas regiões do Potengi, Oeste, Trairi, Seridó, Mato Grande e, inclusive, na área canavieira, que ocupa grande parte zona litorânea do Rio Grande do Norte. Mas a Fetraf também pede a distribuição de 20 mil toneladas de milho para os agricultores familiares, conclusão das obras da Central de Comercialização, vizinho à Ceasa, em Lagoa Nova; pagamento imediato da cota estadual do Programa do Garantia Safra 2013, para que seja viabilizado o pagamento do benefício aos agricultores já a partir de julho.

Outras solicitações são as ampliações do sistema de adutoras em Bento Fernandes e São Miguel do Gostoso, instalação de 80 dessalinizadores e realização de concurso público e contratação de servidores para órgãos envolvidos com o campo, a fim de melhorar e oferecer estrutura e condições de assistência técnica rural.

Como o secretário José Teixeira de Souza Júnior estava em Brasília, o grupo conversou com o adjunto  Tarcísio Bezerra Dantas, no início da tarde. Ele garantiu que os editais para execução das obras dos poços serão abertos por região e que os recursos já estão disponíveis. Também foi acertado o envio de ração dentro do cronograma previsto.

Segundo o coordenador geral da FETRAF-RN, João Cabral, a manifestação repercutiu de forma positiva para os agricultores. “Mesmo que não tenhamos saído com todas as reivindicações atendidas, demos o primeiro passo rumo às melhorias para o agricultor familiar”, disse ele. Na segunda-feira (13), os agricultores entregam ao governo levantamento com as principais necessidades de cada região. No dia 23 de maio, às 9h, já está marcada uma reunião entre diretores da Fetraf, Emater e Sape

Fonte: Tribuna do norte

9 de maio de 2013

ATENÇÃO JOVENS DA ZONA RURAL DE AREIA BRANCA-RN

MEC divulga o edital do Enem 2013

O Ministério da Educação (MEC) publicou nesta quinta-feira (9/5), no Diário Oficial da União, o edital da edição de 2013 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). As inscrições começam na próxima segunda-feira (13/5) e seguem até o dia 27 deste mês. As provas serão aplicadas em todo o Brasil nos dias 26 e 27 de outubro.
Inscrições começam na próxima segunda-feira. Provas serão aplicadas nos dias 26 e 27 de outubro
 (Foto: Roosewelt Pinheiro/ABr)
O documento tráz todas as regras sobre a aplicação do exame neste ano. Após polêmicas registradas na edição passada, haverá mais rigor na correção das redações. Textos com trechos totalmente desconectados do tema proposto terão nota zero, em vez de pontuação reduzida. Os avaliadores passaram por acompanhamento on-line durante as correções, e terão que justificar suas avaliações em caso de redações nota 1000 que contenham algum erro.
O MEC espera até 6,1 milhões de inscritos no Enem deste ano. Estudantes que estão cursando o 3º ano do ensino médio em escola pública são isentos do pagamento, assim como pessoas que já se formaram no ensino médio e tenham comprovação de baixa renda e de que estudaram em escola pública. Para o restante do público, a taxa é de R$ 35,00.

Fonte: www.ebc.com.br


CONHEÇA A LEI DAS COTAS


Lei das Cotas

 
No final de agosto de 2012, a aprovação de uma lei polêmica alterou a forma de ingresso nos cursos superiores das instituições de ensino federais. A chamada Lei das Cotas (Lei nº 12.711, de 29 de agosto de 2012) obriga as universidades, institutos e centros federais a reservarem para candidatos cotistas metade das vagas oferecidas anualmente em seus processos seletivos. Essa determinação deve ser cumprida até 30 de agosto de 2016, mas já em 2013, as instituições têm que separar 25% da reserva prevista, ou 12,5% do total de vagas para esses candidatos.
Mas, quem tem direito a essas vagas? Pelo texto da lei, são considerados cotistas todos os candidatos que cursaram, com aprovação, as três séries do ensino médio em escolas públicas ou Educação de Jovens e Adultos (EJA) ou tenham obtido certificado de conclusão do ensino médio pelo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Os estudantes com bolsa de estudo integral em colégios particulares não são beneficiados pela lei.
Distribuição das vagas
A lei também define que, dentro do sistema de cotas, metade das vagas deverá ser preenchida por estudantes com renda familiar mensal por pessoa igual ou menor a 1,5 salário mínimo e a outra metade com renda maior que 1,5 salário mínimo. Há, ainda, vagas reservadas para pretos, pardos e índios, entre as vagas seperadas pelo critério de renda.
A distribuição das vagas da cota racial será feita de acordo com a proporção de índios, negros e pardos do Estado onde está situado o campus da universidade, centro ou instituto federal, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Isso significa, por exemplo, que um Estado com um número maior de negros terá mais vagas destinadas a esse grupo racial. O único documento necessário para comprovar a raça e a audodeclaração.
lei das cotas
Critério de seleção
O projeto de lei definia que o critério de seleção dos candidatos cotistas deveria ser o Coeficiente de Rendimento obtido pela média aritmética das notas do ensino médio. No entanto, a presidente Dilma Rousseff vetou esse texto e definiu que os candidatos cotistas poderão ser avaliados pelo Enem, com ou sem a utilização do Sistema de Seleção Unificada (SiSU). Sendo assim, os beneficiados pela lei não precisam necessariamente fazer as provas do vestibular.
Justificativa
De acordo com a deputada Nice Lobão, o Brasil está longe de propiciar educação pública de qualidade. Na rede pública, passou a valer a regra em que “os professores fingem que ensinam e os alunos fazem de conta que aprendem”. Os estudantes de escolas públicas concluem o ensino médio sem condições de competir com os alunos de colégios particulares e, por isso, acabam desistindo de entrar na universidade ou ingressam em faculdades particulares. A deputada também criticou a qualidade das instituições de ensino superior privadas, “cujo objetivo é a mercantilização do ensino, sem qualquer preocupação com a qualidade”.
Críticas
Essa lei nunca foi unânime entre os brasileiros. Várias críticas surgiram antes mesmo de sua aprovação, principalmente porque ela não veio acompanhada de nenhum plano para melhorar a educação básica. Até mesmo estudantes de escolas públicas reclamam que não queriam as cotas, mas sim uma educação pública de qualidade. Em algumas capitais houve protestos de alunos de colégios particulares. A Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep) chegou a afirmar que entraria na Justiça contra a lei.
A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) também não concordou com o texto da lei. Segundo a Andifes, a imposição fere a autonomia das universidades, que até então poderiam decidir a forma de distribuição das vagas oferecidas nos processos seletivos.
Prazo
As universidades precisam adotar a cada ano 25% das vagas previstas para cotistas em 2016, ou seja, 12,5% do total de vagas para 2013, 25% para 2014, 37,5% para 2015, até chegar aos 50% em 2016. No entanto, as instituições federais têm liberdade para adotar os 50% antes do prazo.
O Poder Executivo promoverá em 2022 a revisão do sistema de cotas nas instituições de ensino federais. Até lá, o acompanhamento e avaliação da lei ficam sob a responsabilidade do Ministério da Educação (MEC) e da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República.

Fonte: http://vestibular.brasilescola.com


Entenda a diferença entre Enem/Sisu, Prouni e Fies


        A reestruturação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) ampliou as possibilidades para os estudantes que saem do ensino médio entrarem em uma faculdade ou universidade. Muitas instituições de ensino passaram a adotar o Sistema de Seleção Integrada (Sisu) - que utiliza as notas do Enem - como forma de seleção parcial ou integral, o que fez aumentar a procura e as notas dos participantes: no Sisu deste ano, mais de 1,9 milhão de candidatos concorreram a 129 mil vagas.
Quem não conseguiu nota suficiente para entrar na universidade pelo Sisu, pode ainda recorrer a outras duas formas alternativas aos vestibulares tradicionais: o Programa Universidade para Todos (ProUni) e o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Entenda a diferença entre estas três formas de seleção.

Sisu

O Sistema de Seleção Unificada foi desenvolvido pelo Ministério da Educação para selecionar os candidatos às vagas das instituições públicas de ensino superior que utilizarão a nota do Enem como única fase de seu processo seletivo. A seleção é feita pelo Sistema com base na nota obtida pelo candidato. No site, os candidatos podem consultar as vagas disponíveis, pesquisando as instituições e os seus respectivos cursos participantes. Na edição de 2013, o Portal EBC também desenvolveu uma ferramenta para que você possa pesquisar as vagas, cursos e instituições participantes.

Prouni

O Programa Universidade para Todos oferece, para estudantes de baixa renda, bolsas de estudo integrais ou parciais - quando o estudante precisa arcar com 50% das mensalidades do curso - em faculdades ou universidades particulares. O ProUni também seleciona os candidatos com base na pontuação obtida pelo Enem: é necessário ter feito mais de 450 pontos na prova, e não ter tirado nota zero na redação.
Para participar, o candidato precisa ter cursado todo o ensino médio em escola pública ou em uma instituição de ensino particular como bolsista. Para concorrer à bolsa integral, é preciso comprovar renda bruta familiar por pessoa de até 1,5 salário mínimo. Para as bolsas parciais, a renda familiar deve ser de até três salários mínimos por pessoa. Confira todos os critérios para disputar uma bolsa. 

Fies

O Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) é um programa, também do Ministério da Educação, que financia a graduação na educação superior de estudantes matriculados em instituições particulares. Podem recorrer ao financiamento os estudantes matriculados em cursos superiores que tenham avaliação positiva nas avaliações do MEC.


Desde 2010, o Fies passou a operar em fluxo contínuo, ou seja, o estudante pode solicitar o financiamento em qualquer período do ano, de acordo com a sua necessidade. As inscrições são feitas pelo Sistema Informatizado do FIES (SisFIES), disponível para acesso no site do próprio Fies. Estudantes que têm o nome restrito também podem solicitar o financiamento. Com novas regras válidas a partir de 2013, não há mais necessidade de apresentar atestado de idoneidade cadastral e nem fiador. 
Os estudantes que fazem sua graduação pelo Fies passam por três períodos até quitarem seus financiamento:
- Fase de utilização: Durante o período de duração do curso, o estudante pagará, a cada três meses, o valor máximo de R$ 50,00, referente ao pagamento de juros incidentes sobre o financiamento.
- Fase de carência: Após a conclusão do curso, o estudante terá 18 meses de carência para recompor seu orçamento. Nesse período, o estudante pagará, a cada três meses, o valor máximo de R$ 50,00, referente ao pagamento de juros incidentes sobre o financiamento.
- Fase de amortização: Encerrado o período de carência, o saldo devedor do estudante será parcelado em até três vezes o período financiado do curso, acrescido de 12 meses. Ou seja, se o curso feito teve a duração de quatro anos, ele terá 13 anos para quitar o saldo.
O estudante que conseguir apenas uma bolsa parcial (50% da mensalidade) no Prouni pode custear a outra parte por meio do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) sem necessidade de apresentar fiador.